Robert Morris: I Box
Robert Morris tornou-se conhecido devido à sua atuação no movimento minimalista. O Minimalismo propunha obras de arte que não recorressem a qualquer tipo de ilusão, mas que fossem vistas simplesmente por aquilo que são, ou seja, que fossem objetos específicos. Mas Morris percorreu um amplo espectro de tendências artísticas. Abaixo, um objeto tipo caixa, intitulado “I Box”, em que o artista insere sua própria foto acompanhada da palavra “Eu”.
Baseados no pensamento de Georges Didi-Huberman, em “O que vemos, o que nos olha”, poderíamos dizer que o jogo de Morris com o volume, o vazio e a(s) palavra(s) sugere um túmulo e sua respectiva inscrição (“Eu”). Franz Kafka, em Diários, faz uma referência às inscrições tumulares: (...) sou como minha própria pedra tumular (...). Nenhuma, ou quase nenhuma palavra escrita por mim se concilia com a outra, ouço as consoantes rangerem umas contra as outras com um ruído de ferragens e as vogais cantarem acompanhando-as (...).
Um comentário:
o que eu estava procurando, obrigado
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