Texto / Tecido
“Texto quer dizer Tecido; mas, enquanto até aqui esse tecido foi sempre tomado por um produto, por um véu todo acabado, por trás do qual se mantém, mais ou menos oculto, o sentido (a verdade), nós acentuamos agora, no tecido, a idéia gerativa de que o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido – nesta textura – o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua teia. Se gostássemos dos neologismos, poderíamos definir a teoria do texto como uma hifologia (hyphos é o tecido e a teia da aranha).” (Roland Barthes, O prazer do texto).
Tudo bem. Mas a analogia texto/véu é mais poética. Um véu nunca será o mesmo véu quando usado por pessoas diferentes, ou por uma mesma pessoa em ocasiões diferentes. A foto de Glória Swanson é de autoria de Edward Steichen (1879-1973).
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